Para bom entendedor, meia palavra basta. Mas para mau entendedor, nem com desenhos da pré.
Eu até nem quero ser intriguista, mas no fundo, no fundo, eu até admiro essas pessoas. Nascem, crescem, vivem e morrem no mesmo sítio. São felizes, eu acredito mesmo que são felizes. Não sentem necessidade de ler, por exemplo, Fernando Pessoa e questionarem-se sobre o Quinto Império, ou nem lhes passa pela cabeça, quem teria sido Agostinho da Silva e o seu contributo para o pensamento de ser Português, afirmando a liberdade como a mais importante qualidade do ser humano. (Liberdade com responsabilidade e respeito pelo próximo) Convém fazer esta ressalva, caso me interpretem mal.
Não se questionam sobre a existência da vida, ou sobre o vazio de se ser, não fazem ideia porque é que o céu é azul de dia e escuro de noite, nem porque a maré enche e vaza. Simplesmente, desfrutam das coisas serem como são, e pronto.
É esta atitude, este bichinho de querer saber mais, genuinamente, ficar fascinado com a forma como os outros pensam e sentem as coisas, como outros pensaram e escreveram, e como isso se enquadra ou não nas nossas convicções e ideias. Questionando-nos a nós mesmos.
Sim, são mais felizes. Porém, ironicamente, não os invejo.
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3 comentários:
Como te percebo...
«Para bom entendedor, meia palavra basta. Mas para mau entendedor, nem com desenhos da pré.»
É isso...
Paulo
=)
sem espinhas!
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