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28.12.07
27.12.07
Desejos vãos
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a Árvore tosca e tensa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol, altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...
Florbela Espanca
24.12.07
21.12.07
Solstício de Inverno
Eu que até gosto da noite, acho um exagero o sol se pôr às 16:53. Deste modo, amanhã, teremos nada mais nada menos do que 8h e 30 minutos de sol. Vai ser um dia curtinho e uma noite longa, longa....
Leann Rimes and Brian Mcfadden - Everybody's someone
Nesta época de festas, deixo-vos esta música....
Boas Festas!!!!
And every day begins the same
Get up, go out, come back gain
Same old, same old
A thousand faces pass you by
You never look into their eyes
You feel so ordinary
They feel so ordinary
Hey
Everybody's someone
No matter where you come from
there's light in every single star
You're more than who you think you are
And hey
Everybody's someone
And when it's hard to hold on
Remember you are not alone
This house is everybody's home
And every day we seem to chase
The perfect smile, the perfect face
Same old, same old
Same old
For every one who gets to shine
A million more are left behind
They feel so ordinary
You feel so ordinary
Hey
Everybody's someone
No matter where you come from
there's light in every single star
You're more than who you think you are
And hey
Everybody's someone
And when it's hard to hold on
Remember you are not alone
This house is everybody's home
From a king to a common man
We're all part of a greater plan
Oh
There's light in every single star
You're more than who you think you are
Hey
Everybody's someone
When it's hard to hold on
Remember you are not alone
This house is everybody's home
Hey
20.12.07
Psalm 13
How long Oh Lord
Will You forget me
How long Oh Lord
Will You look the other way
How long Oh Lord
Must I wrestle with my thoughts
And ev'ry day
Have such sorrow in my heart
Look on me and answer
O God my Father
Bring light to my darkness
Before they see me fall Oh Lord
(Chorus)
But I trust in Your unfailing love
Yes my heart will rejoice
Still I sing of Your unfailing love
You have been good
You will be good to me
Music and lyrics by Brian Doerksen, Daphne Rademaker, Karen Mitchinson, and Steve Mitchinson
19.12.07
18.12.07
17.12.07
Queen
There's no time for us
There's no place for us
What is this thing that builds our dreams yet slips away
from us
Who wants to live forever
Who wants to live forever....?
There's no chance for us
It's all decided for us
This world has only one sweet moment set aside for us
Who wants to live forever
Who wants to live forever?
Who dares to love forever?
When love must die
But touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever
Forever is our today
Who wants to live forever
Who wants to live forever?
Forever is our today
Who waits forever anyway?
16.12.07
15.12.07
Millions
13.12.07
Sim, Talvez Não!
Apetece-me tanto dizer o que não posso.
Dizer aos quatro cantos do mundo.
Mergulhar e reunir todos os seres aquáticos.
Voar bem alto e juntar-me às estrelas.
Dizer ao teu ouvido, num sussurro
que te embriaga os sentidos,
espalhando aroma, que ambos conhecemos de cor.
Não, não posso.
Não, não quero.
Proferí-lo é o que desejo.
O meu coração prestes a explodir
por um segredo escondido.
Experimentar uma infidelidade
momentânea, efémera, destrutiva.
Num suspiro, silencio-me,
tal eremita que se esconde entre
rochas calcárias, obscuras e tumulares.
Sentimento tão docemente amargo.
(in caderno selado, PB, 07)
12.12.07
Chá de limão com mel!
A expectativa aumenta, o novo, o desconhecido sempre inquietou a alma lusitana, assim como o fado.
E assim, vivemos no limbo de um paradoxo, invisível, profundamente presente.
Trouxe tudo e tudo ficou lá. Tudo mudou e tudo continua inexplicavelmente inalterável. O paradoxo mantém-se imutável.
Será do fado? Dos velhos do Restelo, ou, o excesso de bagagem que continuamente carrego comigo?
Por agora aproveitarei o aroma cítrico que encontro impregnado em cada canto, assim como a doçura de cada encontro fugaz e casual.
Viagem
É uma viagem cheia de novidades. De um lado as montanhas nevadas, do outro o imenso lago esverdeado, e mais montanhas brancas a perder de vista. Depois as vinhas, os rios serpenteados, as casas, os campos, enfim, tantos pormenores que com uma simples viagem de ida e volta não permitiram abarcar o todo, o belo, o novo.
Tenho de voltar, e da próxima vez prometo que tiro umas fotos. Devo confessar que é um bocadinho assustador ver as árvores cobertas de neve, embora ainda, não consiga decifrar bem o porquê.
Adorei esta pequena viagem de meia-hora. Este país ainda esconde muitos encantos, e espero pouco-a-pouco descobri-los.
E prometo partilhar destes pequenos prazeres convosco.
Au revoir!
7.12.07
Horizonte
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
'Splendia sobre as naus da iniciação.
Linha severa da longínqua costa ---
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte ---
Os beijos merecidos da Verdade.
Fernando Pessoa